Thursday, December 13, 2012

12.12.12 - ou - Dia 12 de Dezembro de 2012... As Janelas do Fim do Mundo

12.12.12... Não foi o fim do mundo mas esteve lá perto. Fui a uma consulta de optometria/oftalmologia, que hoje em dia não consigo já saber muito bem quem é quem neste ramo da medicina visual, e fui finalmente, decididamente e oficialmente diagnosticado de modo a necessitar lentes bifocais. Foi um exame cuidado, longo, minucioso, feito por um jovem rapaz simpático e cordial, bem disposto mas ligeiramente nervoso pela evidente falta de anos daquela experiência que se encarregará de lhe dar a firmeza e segurança profissional necessária para continuar o bom trabalho que já faz. Os resultados do exame confirmaram as minhas recentes queixas e sintomas de uma vista finalmente cansada e rendida, esforçada, a que eu não estava habituado, mas que me tem tornado a vida mais difícil nos últimos dois meses. Assim, depois de tudo bem revisto e discutidas todas as opções com o Zé Bernardo, o jovem médico, ou técnico optometrista (não sei bem o que lhe chamar...), ficou decidido que irei experimentar umas novas lentes de contacto bifocais, resultado de recentes avanços tecnológicos neste campo da ciência (...e que me deixam particularmente mais aliviado e satisfeito), de forma a confirmar a resolução deste meu novo agravamento oftálmico, fruto do inconformável mas infalível avanço cronológico de que todos somos, fomos, e seremos vítimas. Apesar de tudo, nem tudo foram más notícias, se é que se pode chamar a isto uma má notícia a não ser no meu ver pessoal. à medida que a idade avança e o tempo me atropela, a graduação da minha miopia tem baixado progressivamente ao longo dos últimos anos, e os meus olhos estão agora empatados, lado a lado, no seu avanço degenerativo, com uma regressão de 1/4 de dióptria num dos olhos desde a medição anterior.
Voltando então ao assunto das lentes bifocais, esta nova solução tecnológica, se o engenho de apoio ocular resultar, permitir-me-á evitar o uso de óculos bifocais como os que nos acustomámos a ver no Pai Natal e nos simpáticos idosos que se encontram delicadamente plantados nos bancos de jardim, lendo vagarosamente as "gordas" do jornal.
Se este plano original não resultar, apraz-me saber que existe ainda uma outra alternativa viável, que não a dos óculos bifocais. Nesse caso, poderei obter um par de óculos com lentes correctivas "de ver ao perto", e que poderão ser utilizados por cima das lentes de contacto normais, para corrigir o presente problema nas situações em que a necessidade o obrigue. Na verdade, todos estes truques para evitar os óculos bifocais não passam de estratagemas pessoais para me ajudarem a convencer que a idade em mim não tem poder, mas a verdade é que, a partir de agora, tenho que me rezignar ao facto de que pertenço já ao famoso grupo etário e estatístico que usam lentes bifocais. Pronto, está bem, estou mesmo a ficar velho. Tal como disse inicialmente, não é o fim do mundo, mas foi quase...