Janelas de Tradições...
Pois este fim-de-semana
foi a altura de a fazer,
numa tradição anual,
A receita é tradicional,
Primeiro, apanhamos as ginjas, frescas,
É com essa mesma paixão
que separamos o fruto carnudo do pé da ginja,
que servirá, também, para fazer chá,
que nos aquecerá a alma,
Depois de separadas, e acariciadas,
A aguardente de vinho, que é conhecida por trazer
e deixa-se que brinquem juntas,
Adoçamos, depois o par,
juntando-lhe o açucar,
É assim embalada, todos os dias,
Durante a primeira semana,
este Licor é deixado ao Sol,
para as ginjas ficarem gordas, rijas,
Depois disso,
os garrafões são colocados
num local escuro e seco,
para lhes dar-mos a privacidade
que necessitam,
Daqui a dois anos,
logo se provará!...
E se for tão boa como a que se abriu este ano,
Estas são tradições que não podemos deixar morrer!...
Fazem parte dos nossos costumes,
e a Ginjinha é um desses licores tradicionais,
delicioso,
Quem não a faz, compra já feita,
27 Comments:
Bem que, só ao olharmos, já dá "àgua na boca". Ainda bem que hoje tenho um Churrasco para ir. Com certeza, ao bebericar uma "Cachacinha com Butiá" que aqui se faz e, com certeza, faz par com esta tua maravilha, lembrarei deste post.
Ah, doces prazeres que nos levam a bebericar, pouco a pouco, gole a gole, o calor de uma presença que nos aquece, nos dá coragem de irmos em frente, de seguir num rumo sonhado, com a satisfação de quem está em paz consigo e com o mundo.
Beijinhos ternos, amigo
Miriam
maravilha!
também para mim, a ginginha representa uma 'boa tradição que me marca a memória e a alma...'
por este excelente momento,em final de domingo, muito agradecida.
Olá Cantorouco,
Como não me foi permitido deixar um comentário no teu blog, venho assim agradecer a tua visita, e dizer-te que gostei to teu espaço também!
Um beijo,
Nuno
Olá Miahari,
Obrigado por teres assim partilhado as tuas memórias, e a história dos Vinhos e Aguardentes do teu Tio e dos Licores teu Avô!...São histórias que se sobrepõe no espaço e no tempo, às nossas próprias memórias!... Mesmo que os vinhos, as aguardentes, e os licores não fossem os melhores, era acerca da experiência de os fazer, que os tornava especiais!...
Aqui, também a aguardente é caseira, mas esta, com uma qualidade excepcional, porque temos a sorte de ter um italiano amigo, a fazer "grappa di moscato", e é divina!...Porém, o que conta, realmente, é a experiência do momento, e o ritual da tradição, que continua, ainda e sempre!... E como dizes, daqui a dois anos, abrimos os garrafões, e serão oferecidos em cálices pequenos, que também nós fazemos, num ritual sagrado!...Mais uma experiência a recordar!...
Uma vez mais, obrigado pela visita!
Um abraço,
Nuno Osvaldo
querido nuno,
ainda estou meio atordoada e não bebi licor...
gostei de saborear esta receita de amor
és único, lindo
beijo imenso
alice
Bom com a paixão que colocaste nesta ginja, so pode sair divina com toda a certeza.
Pois é, lembras-te da ginja do bairro alto? há lá outra igual?
Eu não conheço o gosto da Ginga...
Minha avó fazia e havia muitos garrafões lindos na adega da casa de campo, onde ela tinha uma cozinha descomunal e muitas iguarias. Na adega eu era proibida de de entrar, mas muitas vezes eu descia as escadas às escondidas e ia me encantar com os coloridos multifacetados, produzidos pelos muitos vidros de conservas, vinhos, licores... Entre aromas doces e um tanto azedos dos queijos e embutidos, havia uma luz que me encantava e que vinha das pequenas janelas que ficavam dispostas horizontalmente no teto da adega, como pequenas frestas e que pelo lado de fora, estava na altura dos pés de quem por alí passasse... Nessa mesma altura e pelo lado de dentro da adega, minha avó colocava em uma prateleira alta, umas lindas caixas de vidros ranhurados transparentes e cujas tampas eram enfeitadas com lindos laços de fitas, feitos também de vidro e que servi-lhe como alça para que as caixas pudessem ser destampadas com maior facilidade. Nelas minha avó guardava frutas secas diversas e eram envoltas em papel de seda fino. O meu fascínio pela adega, vinha pelo colorido que os rasgos de luzes proporcionavam ao baterem nos laços de vidros coloridos, das caixas de guardar frutas... Elas presenteava os visitantes com essas caixas... Cada uma que saía, eu lamentava...
Lá fora ficavam as grandes árvores frutíferas e muitos pés de cerejeiras, que eu ia com meu avô, colher para que fossem produzidos os licores e conservas... Os licores, nunca provei, mas ficou com as lembranças...
Obrigada por tudo querido Nuno!!!
De coração!!! Bem tamanho!!!
Cris
Olá Nuno
desculpa so agora te visitar
mas estive em viagem
nao te esqueçi
:)))))))))
beijooooooo
Nuno...as saudades nao eram só suas...sabe que gosto de o ver pelos minhas Intimidades e ler as suas palavras.... Adorei sua postagem ...velhas tradições e sempre saborosas... adoro Ginginha!!!!!!!!!Ficarei à pera de sua visita...
Beijo com sabor (nao a Ginja...) mas a Maresi@
Confesso que chorei....Abriu-se aqui e agora uma janela da minha memória e das belas noites passadas na ribeira, a beber no tasco shots de ginja, como se não houvesse amanhã. Era feliz, tinha a vida preenchida e hoje....até a ribeira perdi....certamente virei aqui mais vezes...obrigado por me lembrarem como eu me diverti e fui feliz....
querido nuno,
vim provar mais uma ginginha
poderia falar-te imensas coisas sobre ela, tenho-a em casa de óbidos e vários outros sítios
mas é apenas um pretexto para te dar mais um beijinho licoroso
da tua amiga
alice
Obrigado pela força, farei da tua janela um local a visitar....beijo
ola!!!
muito estiloso
o teu blog!
acesse meu site de artes
www.haribow.com
abraços hare haribow!
Boa qualidade e bom gosto!... Sabor? Nem se fala....
Hum...Gosto. Gelada.
E a Ginjinha de chocolate? É divinal!! Tal como estas fotos, esta partilha e este texto...
esta "janela da tradição" trouxe-me à memória uma tradição que o grupo da malta do tempo de praia tinha: sempre que havia noitada, a primeira paragem era na "ginginha".
e naquela quase tasca de esquina, passaram-se momentos muito agradáveis.
obrigada pela memória.
Adorei a ideia de deixares aqui a receita da ginjinha, a intensidade deste post é mais que muita, penso que algumas pessoas vão querer experimentar e vão tentar fazer em casa...
Beijos com carinho...
Que lindo post! Tão cheio de cor, energia e, sobretudo informação. Aprendi algo que não sabia. Obrigado :)
É bom vermos por aqui alusões Às coisas que a pouco e pouco fomos perdendo o contacto
querido nuno,
tenho saudades tuas!
bom fim de semana ;)
beijinhos
alice
Olá Nuno
com tanta ginja ai fico ko
eu nem bebo só agua
vim te deixar o meu
:))))))))
beijooooooooo
As "minhas janelas" são mais prosaicas. Gostei muito das tuas; detive-me com mais atenção à "Janelas de Beacon, NY..." (pena não ficar mais perto) e às "Janelas de Fogo".
Voltarei para espreitar outras janelas.
Nuno!
Passa lá na minha despedida. Porque eu tenho uma dívida de gratidão contigo, também. E não gostaría que não soubesses dela. Aprendi a te querer bem, de muito tempo. E tuas palavras de encorajamento, amigas e ternas, me mostraram um menino amigo, preocupado com o próximo e, acima de tudo, "artista", em seu sentido mais profundo da palavra.
Caso não possas, fica aqui o meu "Tchau". Foi bom te conhecer!
Beijos
Miriam
Peço as minhas desculpas a todos por ter demorado tanto tempo a visitar alguns dos vossos blogues!...O trabalho ocupou-me mais do que eu esperava, na última semana!...
Beijos e abraços para todos!
Nuno Osvaldo
querido nuno,
decidi não publicar o teu comentário em virtude de divulgares um site que me parece privado, mas adorei a tua visita e fiquei muito contente, porque tenho muitas saudades tuas, meu amigo lindo
um grande beijinho para ti e continuação de bom trabalho
tudo de bom, nuno ;)
beijinhos
alice
Estou maravilhada !
Hummm, nao ha nada que se compare a uma boa ginja caseira! Cá por casa tb se faz ginjinha, vermelha, ardente e quente...
Excelentes fotos!
beijo doce
Obrigada pela partilha.
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