Tuesday, October 17, 2006

Janelas do Porto

Com o Porto ali tão perto,
Decidi passear até lá,
onde também se sente o cheiro a Maresia...

Assim, meti-me no Alfa Pendular, e vai disto,
que de Lisboa ao Porto são apenas duas horas e meia...


Chego ao Porto, que já tem Metro,


E deparo-me com uma Ribeira
Arranjada e bem composta,



Orgulhosa de dar a conhecer,
E manter acesa a chama,

Da sua história,
E da sua tradição.



Na praia, por entre os vultos de mulheres,
Vestidas de angústia e de preto,



Com os rostos sulcados pelo sal,
Ouve-se o murmúrio do vento,
Misturado com o lamúrio carpido
que chora a perda dos homens…



Foi o Mar, …Foi o Mar!…

“As Ondas do Mar são brancas,

São brancas e amarelas,

Coitadinho de quem nasce,

P’ra morrer no meio delas…”,

Cantava o nosso Zeca…



Histórias de barcos negros,


Misturados na penúmbra
E no nevoeiro traiçoeiro,
Que lhes leva os homens

E lhes trás o pão,

E a incerteza do retorno…

Uns, que se afogam em água,

E outras, que se afogam em lágrimas,
Ambos sentem o sabor do mesmo sal,

Que vem da terra e do mar,

Do suor e do sangue

Que neste mundo deixamos…


Ao fim do dia,

O Sol foi a testemunha
Do que se disse,

E do que se fez…


E em agradecimento,

Oferece-nos um bailado de cores,



E entrega as nuvens, à guarda da Lua, Que é companheira da Noite, E embala as Estrelas, Ao som do bater das ondas…


É o Mar,…É o Mar!…


Nuno Osvaldo

Este tópico é dedicado ao mar, e a todos os que, de uma forma ou de outra, se perdem nele…

Obrigado a todos pelos comentários que aqui deixaram durante a minha ausência.
Por questões de trabalho, as minhas visitas aqui serão intermitentes e esporádicas,
mas guardarei os vossos comentários no coração, mesmo que nem sempre possa retribuir.